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Músico e Dublador

LEO MARTINS

Músico e dublador carioca que iniciou nos dois mercados artísticos desde criança, quando acompanhava seu pai, o ator/dublador Alfredo Martins, em estúdios de dublagem e de televisão. Nas últimas produções de sucesso emprestou a voz para o ator Austin Buttler em Elvis, o filme, na série Mestres do Ar e no longa metragem Duna, parte II. Dirige filmes, séries, animações e canções (compondo as versões em português) no mercado de dublagem. Como músico profissional integrou a banda Overblues nos anos 90, compondo, tocando guitarra e cantando na cena do blues nos estados do RJ, MG e ES, e dividindo o palco em festivais com artistas renomados como Celso Blues Boy, Zé da Gaita, Blues Etílicos e Buddy Guy. Neste período, deu aulas de violão para a cantora Zélia Duncan. A artista participou de várias apresentações dando canjas, realizando um show em formato de trio, com o gaitista André Kassu, em Niterói. Ainda na mesma década cantou na banda pop Ideia Rara, gravando um cd pela gravadora CID, intitulado Movimento, tendo algumas músicas veiculadas na rádio Cidade e três clipes exibidos na MTV e no canal Multishow. O grupo tinha como padrinho o Kid Abelha, George Israel, que também estudou violão com o músico. A partir dos anos 2000 tocou percussão e cantou no Grupo Sotaque do Mundo, gravando o cd Conteúdo Brasileiro e acompanhou na guitarra artistas como Ivo Meirelles & Funk in Lata, João Estrella (do filme “Meu Nome não é Johnny") e Toni Platão. Também foi mestre de bateria do bloco carnavalesco Bangalafumenga, tendo o privilégio de fazer shows com Criolo, Milton Nascimento, Fernanda Abreu, Roberta Sá, Davi Moraes, Moraes Moreira, Pretinho da Serrinha, Serjão Loroza e Lucy Alves. Leo Martins é professor de Educação Musical da rede municipal de ensino da cidade do Rio de Janeiro e acaba de se formar mestre na mesma disciplina pela UFRJ. Atualmente está lançando seu primeiro trabalho solo para celebrar mais de trinta anos de carreira, com canções de compositores que foram colegas da faculdade de música, cursada na UNIRIO na década de 90. Essa geração reuniu uma turma muito boa de compositores, não foi fácil selecionar sete músicas para lançar, no formato de dois singles e um EP com cinco músicas. As autorias das faixas são assinadas por Rodrigo Maranhão, Edu Krieger, Raphael Gemal, Alexandre Fróes e Hamilton Fofão. O músico não esconde a felicidade de poder gravar essas músicas. A do Rodrigo Maranhão, Auto – Retrato, um samba lento e cadenciado, fala de muitos desejos, sentimentos e lembranças, construindo imagens do cotidiano das tardes quentes cariocas. Essas imagens também retratam o momento musical enriquecedor relatado pelo músico quando regia o naipe de rocar (chocalho) no bloco Bangalafumenga. A criatividade do compositor e dos mestres do Banga na escolha e nos arranjos do repertório, era imensa. Destaque para Bogotá (Criolo e Emicida), no show do Milton Nascimento na Fundição Progresso no RJ, há exatos dez anos. Essa criatividade se repetia a cada participação de grandes artistas que fizeram participações especiais no bloco, como, os já mencionados, Pretinho da Serrinha, Roberta Sá, Davi Moraes, Serjão Loroza, dentre tantos outros. É Só Saudade, de Edu Krieger, um Ijexá que também descreve o bom momento vivido no pátio da UNIRIO na Urca, onde o pessoal se reunia, trocava ideias e tocava suas músicas e de outros autores que o influenciavam, engrandece ainda mais o trabalho. A presença desses compositores, de excelentes músicos, aliados aos arranjos do produtor Carlos Pontual, imprimem um alto nível de qualidade no repertório.

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